O MENINO E O TEMPO
- Kátia Ferreira - Psicóloga
- 11 de mai.
- 1 min de leitura

A mamãe apressada leva
Seu filho para passear,
Mas de tanta pressa
Ela nem para para olhar.
Mas o menino
Não quer nem saber,
Se o relógio corre,
Lhe compromete o saber.
Que bom que ele ainda
É pequeno,
E a correria do tempo
Não lhe envolve por inteiro
Sem compromisso ele para,
Olha a joaninha a voar.
Devagar, acompanha com o olhar,
Sem nenhuma pressa para atrapalhar.
Seguindo adiante a explorar,
Uma flor ele parou para observar.
E num sopetão, ele arranca
Para a sua mamãe presentear.
A mamãe se derrete por inteiro,
Seu coração foi acertado em cheio.
Por um amor que não tem tempo.
O menininho bagunceiro
Continua a explorar o mundo inteiro,
Sem fazer nenhuma questão do tempo.
A mamãe, já sem pressa,
Se entrega por inteiro
E começa a voar com seu filho
Sob o vento
Como é bom esse momento
De relacionamento
Entre uma mãe e o seu rebento.
De repente, ela retorna
Ao seu tempo de outrora.
E então ela retoma suas lindas memórias,
Quando a vida era simples
E não havia limites para suas pedaltices.
Mas os ponteiros do relógio se moveram,
E sem dó eles disseram:
Depois de tanto brincar,
Chegou a hora de banho tomar.
Calmamente, a mamãe no colo o menino pegou.
E quando ele chorou,
Ela nem pestanejou.
E disse: amanhã teremos mais.
Esse poema foi dedicado aos meus filhos, quando o tempo ainda não lhes envolvia por inteiro.
Por: Katia Ferreira
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