QUEM SOU EU ALÉM DE SER MÃE?

Essa foi uma pergunta que me fiz várias vezes após o nascimento do meu primeiro filho.Fiquei tão envolvida no cuidado dele que me esqueci. Esqueci de mim, esqueci quem eu era, esqueci…

Quem eu era além de brincar com uma criança?

Não foi um tempo fácil, mas foi um tempo importante. Era um tempo em que meu menino precisava de mim inteiramente ali para ele. Não que eu não pudesse ter sonhos. Eu devia ter sonhos, como mulher, até mesmo como mãe. Mas entender a fase da vida que estamos vivendo é tão importante quanto sonhar. Afinal, nem sempre é possível fazermos tudo ao mesmo tempo.

Quando os filhos são muito pequenos, às vezes é necessário nos colocarmos em segundo plano. Mas lembre-se: isso é temporário, não é para ser sempre assim. Nesse momento, é importante delegar o olhar, o cuidado, a atenção para esse ser pequenino que veio ao mundo tão desprotegido e tão despreparado, precisando de nós por inteiro.

Aos poucos, fui retomando a minha vida. Fui lembrando quem eu sou, fui resgatando o que eu gostava. E, na verdade, muitas coisas mudaram. Aquela Kátia que existia antes do primeiro filho não foi mais a mesma. Antes, eu era solteira, descompromissada, o tempo era só meu. Mas depois que meu filho chegou, essa Kátia mudou. Mudou para melhor. Ficou mais amadurecida, mais crescida, com os pés no chão e disposta a viver coisas novas.

A maternidade faz isso: ela nos transforma. Não podemos continuar sendo simplesmente quem éramos, mas podemos sim continuar a nossa existência de uma forma muito melhor, muito mais completa, enriquecida pela experiência. Enfim, amadurecida.

Esse é um dos grandes benefícios da maternidade: a transformação.

Reflexão para você:

Em que momento está da sua maternidade? No início, no meio, com os filhos já adultos?

Cada fase requer um novo movimento de olhar para si e de redescoberta.

Viva quem você é, mas esteja sempre pronta para o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias novidades.